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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Opções erradas que não conseguem ser corrigidas


A imagem ao lado poderia ser atribuída a qualquer capital do Brasil, mas o exemplo tratado é o do Rio de Janeiro. Assustados, verificamos a grande quantidade de ônibus numa distância tão curta, atravancando o já caótico trânsito carioca.

A opção do Estado pelo transporte rodoviário é cômoda, antiga, e em tese a mais viável já que transfere a obrigação por contratos de concessão ao particular (claro que em troca de favores eleitorais, como, por exemplo, doações partidárias), não precisando assim de nenhum prévio investimento em infra-estrutura. A receita é simples, encher as ruas de coletivos, quanto mais, melhor. Nunca vi uma licitação para concessão de direito ao uso de linhas de ônibus.

Desde JK no início da década de 60 o carro ganhou grande destaque em prol dos transportes de massa. Trens, metrôs e barcas custam caro e não são interessantes para nossos governantes. Obras  grandiosas são longas e caras requerendo assim mais de 04 anos para sua conclusão. E nossos políticos não admitem em hipótese alguma iniciar um grande empreendimento para que depois um outro político, mais especificamente um oposicionista acabe por inaugurar e colocar a sua placa no local da inauguração. É como entregar o seu filho para o amante da sua ex-esposa criar. Inconcebível. Obra que se preze tem que terminar dentro do mandato do político que a iniciou. Pensamento mesquinho é isso ai.

Não consigo imaginar o Serra iniciar uma obra para o Lula terminar. O pensamento mesquinho dominas nossas Prefeituras, nossos Governos Estaduais e mesmo o Palácio do Planalto. O Brasil, rico de natureza e pobre de espírito popular está fadado aos fracassos de seus governantes corruptos e ímprobos.

Escuto trêm bala ligando o Rio de Janeiro a São Paulo desde o final dos anos 90, mas até hoje nada. Linha 04 do Metrô? Linha 05, onde sequer a 04 está pronta. Enfim, promessas de campanha que são levantadas de 04 em 04 anos, com fins meramente eleitoreiros.

A nós brasileiros só resta aprender a votar melhor, até porque ainda convivemos com os coronéis em nosso país. Quantas vezes tomamos conhecimento de que um voto é trocado por uma pipa, camiseta ou mesmo cesta básica. Não me surpreendeu a noticia vinculada esta semana que um vereador carioca fornecia pedidos de encaminhamento médicos a seus eleitores, em troca de votos. É triste ter que dizer que moro no Brasil. Temos que melhorar muito.


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