Ontem ao assistir o Fantástico da TV Globo, nos deparamos com uma reportagem que causou muita indignação. O Comércio ilegal de fardas da Polícia em diversos Estados da Federação. Citamos aqui Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro, ao qual quero dar mais ênfase em meus comentários.
Como foi relatado acima e na reportagem o problema não é exclusividade do Rio de Janeiro, mas uma peculiaridade carioca acabou por se tornar gritante e chamar mais a atenção. A Venda de fardas da Polícia Militar pela internet é “vexatório” sob todos os aspectos. É colocar o lucro acima da segurança coletiva e pessoal, uma vez que aquele comprador pode ser o seu algoz da esquina. Ninguém compra uma farda da PM sem a intenção de tirar vantagem, seja na forma de favores, ou para praticar delitos dos mais diversos.
Justificar com a alegação de que não há legislação específica, ou meios de fiscalizar, no meu entendimento não justifica. Poderia se adotar o mesmo tratamento dispensado as armas, ao qual a identificação do comprador se faz necessária.
Causa muita tristeza ver o tratamento dado pelos nossos governantes num item tão importante e determinante a todos os cidadãos brasileiros. Negar a Segurança Pública, hodiernamente, é como negar saúde, educação ou transporte.
Parabenizo aqui o Governo e os vendedores de São Paulo que não venderam o uniforme ao repórter travestido de policial.
E para encerrar a coluna coloco a letra da música do D2 que traduz bem a realidade pátria:
É isso aí D2...o momento é de caos
A população tá bolada, muito bolada
Eu também tô bolado parceiro...
Numa cidade muito longe
Muito longe daqui
Que tem problemas que parecem
Os problemas daqui
Que tem favelas que parecem
As favelas daqui
Existem homens maus
Sem alma e sem coração
Existem homens da lei
Com determinação
Mas o momento é de caos
Porque a população
Na brincadeira sinistra
De polícia e ladrão
Não sabe ao certo quem é
Quem é herói ou vilão
Não sabe ao certo quem vai
Quem vem na contramão
É.. não sabe ao certo quem é
Quem é herói ou vilão
Não sabe ao certo quem vai
Quem vem na contramão
Porque tem homem mal
Que vira homem bom
Porque tem homem mal
Que vira homem bom
Quando ele compra o remédio
Quando ele banca o feijão
Quando ele tira pra dar
Quando ele dá proteção
Porque tem homem da lei
Que vira homem mal
Porque tem homem da lei
Que vira homem mal
Quando ele vem pra atirar
Quando ele caga no pau
Quando ele vem pra salvar
E sai matando geral
É parceiro..
E aí é que a chapa esquenta
É nessa hora que a gente vê quem é fiel
Mas tanto lá como cá
Ladrão que rouba ladrão
Não tem acerto ou pedido
Errou, errou...
Errou, não tem perdão
Quem fala muito é X-9
E desses a gente tem de montão
Mas o X do problema
Está na corrupção
Um dia, o bicho pegou
O coro comeu
Polícia e bandido bateram de frente,
E aí meu cumpadre
Aí tu sabe
Aí foi chapa quente, chapa quente...
Bateu de frente
Um bandido e um
Sub-tenente lá do batalhão
Foi tiro de lá e de cá
Balas perdidas no ar
Até que o silêncio gritou
Dois corpos no chão, que azar
Feridos na mesma ambulância
Uma dor de matar
Mesmo mantendo a distância
Não deu pra calar
Polícia e bandido trocaram farpas
Farpas que pareciam balas
E o bandido falou:
Você levou tanto dinheiro meu
Agora vem querendo me prender
E eu te avisei você não se escondeu
Deu no que deu
E a gente tá aqui
Pedindo a Deus pro corpo resistir
Será que ele tá afim de ouvir?
Você tem tanta basuca,
Pistola, fuzil e granada
Me diz pra que tu
Tem tanta munição?
É que além de vocês
Nós ainda enfrenta
Um outro comando, outra facção
Que só tem alemão sanguinário
Um bando de otário
Marrento, querendo mandar
Por isso que eu tô bolado assim
Eu também tô bolado sim
É que o judiciário tá todo comprado
E o legislativo tá financiado
E o pobre operário
Que joga seu voto no lixo
Não sei se por raiva
Ou só por capricho
Coloca a culpa de tudo
Nos homens do camburão
Eles colocam a culpa de tudo
Na população
{E o bandido...}
E se eu morrer vem outro em meu lugar
{Polícia...}
E se eu morrer vão me condecorar
E se eu morrer será que vão chorar?
E se eu morrer será que vão lembrar?
E se eu morrer... {já era}
E se eu morrer
E se eu morrer... {foi!}
E se eu morrer
Chega de ser sub-julgado
Sub-traído, sub-bandido de um sub-lugar
Sub-tenente de um sub-país,
Sub-infeliz, sub-infeliz.....
LaiálaiálaiálaiálaiáLaiálaiá
Sub-julgado, sub-traído,
Sub-bandido de um sub-lugar,
Sub-tenente de um sub-país,
Sub-infeliz...
Mas essa história
Eu volto a repetir
Aconteceu numa cidade
Muito longe daqui
Numa cidade muito longe
Muito longe daqui
Que tem favelas que parecem
As favelas daqui
Que tem problemas que parecem
Os problemas daqui
Daqui
Daqui
Daqui
É isso aí Sapucahy..
Polícia ou bandido?
Vai saber, né?
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