No dia 13/07/2009 fomos surpreendidos pela nudez do ex-banqueiro Salvatore Cacciola na Penitenciária Pedrolino de Oliveira, o famoso Bangu 8, durante uma revista intima dos detentos.
O “pobre” banqueiro fugiu do país graças a um Habeas Corpus concedido pelo Ministro do STF Marco Aurélio de Melo, sendo posteriormente preso em Mônaco e logo após extraditado para o Brasil.
Durante sua estadia na Europa como fugitivo da Justiça Brasileira, o ex-banqueiro era figurinha fácil nos eventos de luxo da elite européia, sendo inclusive fotografado nas arquibancadas de Roland Garros durante os jogos de tênis do brasileiro Gustavo Kuerten. A cada vitória de Guga, nosso fugitivo vibrava com a intensidade de um patriota nacionalista, só comparável a Policarpo Quaresma. Parecia uma criança! Guga, Guga e Guga.
Sua condenação veio perante a 1ª instância da Justiça Federal em abril de 2005, enquadrado nos tipos penais de peculato, desvio de dinheiro e gestão fraudulenta.
E diante deste quadro começou o “calvário” do “pobre”, nesta altura “paupérrimo” banqueiro, que, transferido do quilometro zero para o Presídio Bangu 8, passou a ser tratado como um presidiário comum.
Imaginem só um cidadão ítalo-brasileiro de “sangue azul”, junto com os mais diversos criminosos, é de causar espanto a todos nós brasileiros. Coitado do humilde Caca (abreviação de Cacciola para os íntimos), submetido a alimentações com poucas fontes de nutrientes, papeis higiênicos de folha simples, televisões sem o sinal da net ou sky, chuveiros com água fria apenas, e o pior, ficar nú, expondo sua genitália para todos os presos, enfim, fatos lamentáveis para um hóspede tão ilustre, apenado em excesso por uma Justiça ávida em querer mostrar serviço. Caca está sendo o bode expiatório da Justiça Brasileira, e isso tem que acabar.
Sou a favor do banho com água quente, Tv a cabo, alimentação balanceada por nutricionista personalizado, a volta do bom caviar, revistas intimas individualizadas, enfim elementos necessários a subsistência de um cidadão de bem.
Brincadeiras a parte, é de estranhar que os noticiários comentem notícias deste naipe, gastando tempo e dinheiro. Todos nós sabemos que as revistas intimas existem e são coletivas, e o simples fato do presidiário ter boas condições financeiras não justifica o tratamento individualizado e diferenciado. Nossa Constituição já sabiamente estabeleceu que todos são iguais perante a lei, e este é o entendimento a ser adotado por todos, sob pena de rasgarmos a Magna Carta de 1988.
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