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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Rubinho e a Aposentadoria

Neste final de semana todos nós brasileiros nos assustamos com a violência do acidente de Felipe Massa no treino oficial do GP da Hungria. As imagens foram muito fortes, e todos temiamos pelo destino que tendia a ser igual ao de Ayrton Senna há 15 anos atrás na curva Tamburelo de Imola, no GP de Sam Marino. Aqueles minutos de Massa inertes dentro da Ferrari vermelha pareciam horas, que insistiam em não passar. As primeiras temporadas da carreira de Massa na Sauber, bem como, seu primeiro ano de Ferrari foram marcados por muitos erros e inconstâncias. O ímpeto de Felipe o levava a perder muitos pontos importantes que acabavam por fazer falta no final da temporada. No entanto, desde o ano passado Felipe tem se mostrado um piloto mais amadurecido e cometendo pouquíssimos erros, sendo certo que não foi campeão em 2008, por culpa da Ferrari que abusou do direito de cometer erros. É bom esclarecer, apesar das imagens que Massa não teve culpa nenhuma no ocorrido, bem como Rubens Barrichello. Pois bem, agora eu não poderia deixar de abordar o tema por outro aspecto. O tal do Rubens Barrichello é muito do pé-frio. Vai ter azar assim na China. Em seu último ano de carreira quase que acaba por tirar das pistas a única promessa brasileira com chances de ser campeão mundial. Numa 2ª etapa de treino onde apenas 15 carros participavam, e assim sendo, a tal peça poderia vir de outros 14 carros, (exclui-se o próprio Massa) porque teria que ser de Rubinho a maldita mola. Azar? Destino? Mandinga? Enterrar dois brasileiros seriam o maior legado da longa carreira do Rubinho. Por isso termino esta coluna com os seguintes dizerem, e em homenagem ao Capitão Nascimento, do Filme Tropa de Elite: “Rubinho, pede pra sair.” Vai para casa cuidar das crianças. Pois apesar do bom caráter e do grande coração, não tem a menor condição de pilotar mais na F1 moderna. Rubinho, em sua homenagem segue abaixo uma música que traduz bem o seu momento. Boa Sorte / Good Luck Vanessa Da Mata Composição: Ben Harper / Vanessa da Mata -É só isso Não tem mais jeito Acabou, boa sorte -Não tenho o que dizer São só palavras E o que eu sinto Não mudará -Tudo o que quer me dar É demais É pesado Não há paz -Tudo o que quer de mim Irreais Expectativas Desleais -That's it There's no way It's over, good luck -I've nothing left to say It's only words And what l feel WonÂ’t change -Tudo o que quer me dar / Everything you want to give me É demais / It's too much É pesado / It's heavy Não há paz / There is no peace - Tudo o que quer de mim / All you want from me Irreais / Isn't real Expectativas / Expectations Desleais - Mesmo se segure Quero que se cure Dessa pessoa Que o aconselha - Há um desencontro Veja por esse ponto Há tantas pessoas especiais - Now even if you hold yourself I want you to get cured From this person Who advises you - There is a disconnection See through this point of view There are so many special People in the world So many special People in the world In the world All you want All you want - Tudo o que quer me dar / Everything you want to give me É demais / It's too much É pesado / It's heavy Não há paz / There's no peace -Tudo o que quer de mim / All you want from me Irreais / Isn't real Expectativas / That expectations Desleais - Now we're falling Falling, falling Falling into the night Into the night Falling, falling, falling Falling into the night - Now we're falling Falling, falling Falling into the night Into the night Falling, falling, falling Falling into the night

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A Infância Perdida.

Neste final de semana assisti a um filme que me fez repensar a palavra vida em todos os seus aspectos. O Menino do Pijama Listrado traz a tona a inocência da infância que muitas vezes acaba por se perder na realidade cruel do mundo dos adultos. Porque perdemos uma qualidade tão importante como esta? Porque nos tornamos pessoas tão rudes e ignorantes? Porque deixamos a presunção de inocência de lado e passamos a desconfiar de tudo e de todos? Porque passamos a julgar as pessoas pelas roupas que vestem e pelos ambientes que frequentam? Porque o ser humano passa a valer por aquilo que tem no bolso? Porque perdemos a capacidade de sorrir das coisas mais simples da vida? Porque deixamos de brincar? Enfim, porque perdemos a capacidade de fazer amigos de verdade? Trago a baila, a reflexão de um pai, preocupado com o futuro do filho. Busco um novo tempo e tenho a esperança de deixar um mundo melhor para a geração que começa a surgir nesses anos que dão início ao século XXI. Sei que não tenho o poder de mudar o mundo, mas pelo menos posso dizer que procuro fazer a minha parte, e todos nós temos a obrigação de deixar para esta nova geração a idéia de que somente com o repeito ao próximo, podemos deixar esse mundo atual tão castigado pela intolerância humana melhor. Vale a reflexão para todos e em especial para os pais desta nova geração surgida tornando-se obrigatória a locação desta obra prima de John Boyne.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A Nudez de um Presidiário Comum.

No dia 13/07/2009 fomos surpreendidos pela nudez do ex-banqueiro Salvatore Cacciola na Penitenciária Pedrolino de Oliveira, o famoso Bangu 8, durante uma revista intima dos detentos. O “pobre” banqueiro fugiu do país graças a um Habeas Corpus concedido pelo Ministro do STF Marco Aurélio de Melo, sendo posteriormente preso em Mônaco e logo após extraditado para o Brasil. Durante sua estadia na Europa como fugitivo da Justiça Brasileira, o ex-banqueiro era figurinha fácil nos eventos de luxo da elite européia, sendo inclusive fotografado nas arquibancadas de Roland Garros durante os jogos de tênis do brasileiro Gustavo Kuerten. A cada vitória de Guga, nosso fugitivo vibrava com a intensidade de um patriota nacionalista, só comparável a Policarpo Quaresma. Parecia uma criança! Guga, Guga e Guga. Sua condenação veio perante a 1ª instância da Justiça Federal em abril de 2005, enquadrado nos tipos penais de peculato, desvio de dinheiro e gestão fraudulenta. E diante deste quadro começou o “calvário” do “pobre”, nesta altura “paupérrimo” banqueiro, que, transferido do quilometro zero para o Presídio Bangu 8, passou a ser tratado como um presidiário comum. Imaginem só um cidadão ítalo-brasileiro de “sangue azul”, junto com os mais diversos criminosos, é de causar espanto a todos nós brasileiros. Coitado do humilde Caca (abreviação de Cacciola para os íntimos), submetido a alimentações com poucas fontes de nutrientes, papeis higiênicos de folha simples, televisões sem o sinal da net ou sky, chuveiros com água fria apenas, e o pior, ficar nú, expondo sua genitália para todos os presos, enfim, fatos lamentáveis para um hóspede tão ilustre, apenado em excesso por uma Justiça ávida em querer mostrar serviço. Caca está sendo o bode expiatório da Justiça Brasileira, e isso tem que acabar. Sou a favor do banho com água quente, Tv a cabo, alimentação balanceada por nutricionista personalizado, a volta do bom caviar, revistas intimas individualizadas, enfim elementos necessários a subsistência de um cidadão de bem. Brincadeiras a parte, é de estranhar que os noticiários comentem notícias deste naipe, gastando tempo e dinheiro. Todos nós sabemos que as revistas intimas existem e são coletivas, e o simples fato do presidiário ter boas condições financeiras não justifica o tratamento individualizado e diferenciado. Nossa Constituição já sabiamente estabeleceu que todos são iguais perante a lei, e este é o entendimento a ser adotado por todos, sob pena de rasgarmos a Magna Carta de 1988.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Viagens Rodoviárias e a Lei 11.975/2009.

Foi publicada ontem a Lei 11.975/2009 e com ela temos a regulamentação das viagens intermunicipais, interestaduais e internacionais. Numa primeira análise observamos muitas inovações como a possibilidade de devolução do valor do bilhete de maneira integral, se requerido antes do embarque, ou com o desconto da comissão de venda se requerido após o embarque. A validade dos bilhetes ficou estabelecida em 01 (hum) ano a partir da sua data de emissão, e agora em havendo atraso superior a uma hora, o passageiro terá direito ao embarque por outra empresa de igual qualidade, pois em sendo inferior, cabe a devolução proporcional do valor pago, e às expensas da empresa da qual ele adquiriu o bilhete. E poderá ainda requerer a devolução do dinheiro pago, em não havendo ônibus e interesse em continuar a viagem. Outra inovação decorre da necessidade da empresa transportadora organizar um sistema operacional de forma que, em caso de defeito, falha ou outro motivo de sua responsabilidade que interrompa ou atrase a viagem durante o seu curso, assegure continuidade à viagem num período máximo de 3 (três) horas após a interrupção, cabendo a devolução do valor pago a existência de qualquer descumprimento dessa norma, cabendo ainda durante a interrupção ou retardamento da viagem, a alimentação e a hospedagem, esta quando for o caso, dos passageiros correndo tudo as expensas da transportadora. Sem dúvida temos uma grande evolução nesta questão, porém algumas ressalvas merecem destaque, dentre elas; As empresas que operam com linhas urbanas e de características semi-urbanas estão isentas de cumprir as disposições desta Lei; o prazo máximo para o reembolso será de 30 dias, a contar da reclamação, e por fim, em se tratando de bilhete internacional, o reembolso terá o valor equivalente em moeda estrangeira convertida no câmbio do dia, sendo certo que se a compra foi efetuada por intermédio de cartão de crédito, o reembolso, por qualquer motivo, somente será efetuado após a quitação do débito. Estamos sim, diante de mais uma conquista dos consumidores que têm o direito de serem respeitados nas Rodoviárias deste pais, mas aqui cabe um alerta: a FISCALIZAÇÃO. E aqui sugiro as reclamações por escrito nos balcões da ANTT, existentes nas rodoviárias de maior porte e sempre verificar a existência de testemunhas, pois só assim faremos valer nossos direitos.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O PMDB e as Eleições 2010.

Com a proximidade das eleições, o quadro político brasileiro já começa a tomar contornos definitivos nas alianças e coligações. E falando do Eleitorado fluminense, é marcante atualmente a força do PMDB, que conquistou nas duas eleições passadas as cadeiras mais importantes da antiga Capital da República, ou seja, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro com Eduardo Paes, e o Governo do Estado do Rio de Janeiro com Sérgio Cabral, incluindo ainda uma quantidade expressiva de vereadores e deputados estaduais. Particularmente não gosto da linha adotada pelo partido no âmbito federal que há muitos anos deixou de lançar candidatos a Presidência da República em troca de Ministérios e cargos de 1º e 2º escalão. Com certeza Ulysses Guimarães deve se debater até hoje, em pleno fundo do mar. (Que Deus o tenha) Ademais o arrocho imposto aos servidores públicos é marcante, onde recentemente nos deparamos com o corte das Cestas Natalinas dos Servidores Municipais que ganham até 7 salários mínimos, a redução do auxílio creche de R$ 200,00 dos tempos do Cesar Maia, para pouco mais de R$ 38,00 por mês e atrasos de tíquete refeição e alimentação marcaram as carreiras municipais. No âmbito estadual não há diferença, uma vez que nos deparamos com policiais militares ganhando pouco mais de R$ 1.000,00, e expondo suas vidas em favelas contra traficantes muito bem armados e treinados; servidores do TJ-RJ com salários de R$ 2.000,00, porém exercendo funções similares aos colegas federais onde os vencimentos iniciais chegam a R$ 3.500,00. Os Professores, estes coitados, tem salários de R$ 600,00, tidos como bons, mas que na verdade não passam de esmolas, em colégios abandonados e sem qualquer estrutura. Pois bem, tenho pena de todos e em especial dos colegas municipais, até porque fui servidor concursado do município do RJ por 08 anos e sei bem o que eles passam. Salários baixos, péssimas condições de trabalho e muitas promessas eleitoreiras. Mas ao mesmo tempo que critico a postura adotada pelos governantes eleitos, critico os servidores pela falta união, por uma melhor organização política no âmbito da Câmara dos Vereadores para que suas reivindicações possam ser atendidas,e na passividade diante das informações apresentadas. Como disse foram 8 anos e só passei por uma greve em 2002, se não me engano, e mesmo assim somente em Unidades municipalizadas. Já em Furnas, meu atual emprego, em pouco mais de 01 ano já vi inúmeras paralisações, seja pela Fundação Real Grandeza, seja por aumento salarial. Resumindo todos tem que fazer a sua parte, e mesmo estando em FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A, não posso me dizer livre do PMDB, pois o comando desta estatal foi dado aos pemedebistas em troca da aprovação da malfadada CPMF. Logo, assim como as representantes da profissão mais antiga do mundo, o partido está aberto para negociações em 2010, e o que mais importa neste momento é o jargão popular: QUEM DÁ MAIS !

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ayrton Senna 15 anos de Saudades.

Segundo o lexicógrafo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira em sua obra a palavra saudade significa: - Saudade. (Do latim solitate, soledade, solidão); - Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las. - Pesar pela ausência de alguém que nos é querido. Sem dúvida qualquer dos dois significados expressa de forma irrepreensível tudo aquilo que sentimos nas atuais manhãs de domingo quando ligamos a televisão e não avistamos a Mclaren vermelha nº1 na pole position, posição habitual na carreira de Ayrton. Nascido em 21 de Março de 1964, em São Paulo, sempre perseguiu o sucesso, destacando-se por conquistar 41 vitórias, 80 pódios, 65 pole positions, 19 voltas mais rápidas e 3 títulos mundiais, tudo isto em apenas 161 Gps disputados. Corridas brilhantes tiveram várias, como as vitórias no Brasil (1991 e 1993), Donington Park (1993), Japão (1988), Portugal (1985), Mônaco (1992) dentre outras. Poderíamos citar as 41 vitórias, uma vez que todas foram reluzentes e tiveram algo de especial. Títulos foram apenas 3, mas o brilho e o carisma perduraram por 10 anos. Adversários foram inúmeros, sendo que os mais famosos e que merecem destaque são Alain Prost, Nigel Mansell, Nelson Piquet e Nick Lauda. Acidentes tivemos alguns, porém desafiar a morte sempre foi a tarefa preferida de nosso ídolo, ou alguém consegue esquecer sua frase preferida: “Race in my blood”- Ou seja, correr está em meu sangue. Senna também gostava de produzir e assinar alguns milagres, ou alguém consegue esquecer o GP do Brasil de 1991, onde as últimas voltas foram completadas apenas com a 6a marcha, ou ainda Donington Park 1993, quando nosso ilustre desportista correu por quase 30 minutos numa pista escorregadia, molhada e cheia de armadilhas com pneus slick, no qual pudemos observar seus principais concorrentes perecendo pelo meio do caminho, porém nosso eterno vencedor chegou até o final do Grande Prêmio em 1º lugar. No entanto no caminho de tanto sucesso, surge de maneira inexplicável uma curva situada em Imola chamada de Tamburello que adentrou no destino de nós brasileiros e de Ayrton, ceifando sua vida e o nosso orgulho de sermos brasileiros, deixando para nós apenas as recordações daquele que amava a pátria e era o melhor no que fazia. O segundo lugar se assemelhava ao último uma vez que o pódio de Ayrton Senna só tinha uma posição. (aquela situada no degrau mais alto). Hoje temos muitas promessas no automobilismo como Felipe Massa, Nelsinho Piquet, Bruno Senna dentre outros, mas uma coisa posso assegurar caros leitores, por mais vencedores que estes se tornem jamais conseguirão nos fazer esquecer aquele que foi o Deus do automobilismo moderno.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A Rússia de Stálin na 2ª Guerra Mundial.

Nesta minha primeira postagem vou começar com um assunto que já tem mais de 60 anos. Não tem nada de atual, e é considerado por muitos como retrógrado, mas ainda gera reflexos em nossa sociedade. A participação russa na 2ª Grande Guerra foi determinante para a queda de Hitler, onde o sangue derramado pelos soldados do Exército Vermelho constitui-se como um pilar norteador da palavra "liberdade", ou alguém duvida que o triunfo do ditador alemão poderia ter descaracterizado todo o legado da Revolução Francesa? O autoritarismo de Stalin e seus erros de estratégia levaram muitos oficiais e praças a perecer em campos de batalha por toda Europa. Em número de baixas, niguém perdeu mais que a URSS, mas graças a eles somos livres. Não podemos negar o auxílio dos aliados (EUA/Grã-Bretanha/Canada/Austrália, etc.) O Dia "D" é considerado por muitos como um dos grandes eventos de todos os tempos, marcando o dia 06 de junho de 1944, como o início do fim alemão. O grande legado deste período decorre do ditado popular, "a união faz a força", ou alguém duvida que algum Estado sozinho teria capacidade de derrubar a Alemanha. O Terceiro Reich foi quase imbatível, assim como Alexandre, o grande e Napoleão, mas perdeu para três lideres que apesar das diferenças tinham um único objetivo em comum, o fim da besta. Somos livres, temos o poder de escolher, e agora cabe a nos determinarmos o que é melhor para nós. Infelizmente nossos erros nas urnas trazem reflexos por todo este Brasil continental, mas esse é um assunto a ser tratado na oportunidade oportuna.