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quarta-feira, 28 de abril de 2010

A Polarização Política do Brasil e suas vítimas

É inegável que a política brasileira caminha a passos largos no sentido da polarização partidária. 

O modelo norte-americano passa a ser adotado, onde PT e PSDB passam a equiparar-se aos Democratas e Republicanos. Aos demais fica apenas a posição de partidos satélites que acabam por trocar apoio nas votações por cargos de 1º e 2º escalões em Ministérios e Empresas Estatais. 

A famosa "Base Governista" A primeira e grande vítima deste novo panorama político foi Ciro Gomes do PSB. Um candidato capaz e na minha opinião um dos melhores no cenário existente, mas que por diversos erros seus e de seu partido acabou por cair mais uma vez no esquecimento só lhe restando negociar algum ministério para 2011, caso a Dilma seja eleita.
 
Outra vítima deste novo sistema é o PMDB, que sempre se caracterizou por ser um partido forte, e hoje em dia não tem mais um nome de impacto para concorrer a Presidência do Brasil. O PMDB acaba por se contentar com alguns Ministérios e ainda os Governos Estaduais e Prefeituras, onde ele ainda é muito forte. Mas pergunto até quando? Abandonar a esfera federal acaba por tirar visibilidade e o tempo pode levar este grande partido ao relento.
 
A terceira vítima que quero mencionar aqui é a ex-ministra Marina Silva, que tenta a eleição pelo PV. Mulher guerreira e me parece ser uma pessoa séria, mas em política isso não é o suficiente, já que o PV por si só não consegue levá-la ao Governo. 

Uma pena, até porque acho ela mais preparada para ser a 1ª mulher a assumir o posto mais alto da política pátria, mas pelo visto Dilma é a bola da vez. Com relação a Dilma e Serra, fica para uma próxima coluna.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

PT X PSDB


Prometi a mim mesmo que não iria fazer campanha no meu blog. Não quero mencionar o nome de candidatos, mas não posso deixar de comentar algumas noticias vinculadas na mídia e em outros blogs.

Todos nós somos eleitores e não podemos deixar de levar as urnas algumas lembranças desses últimos 15 anos onde tivemos o destino do nosso país nas mãos de apenas 2 partidos, PSDB e PT.

É inevitável as comparações de que em que época vivíamos melhor. Escândalos tivemos nestes 15 anos, seja com FHC, seja com Lula. O que o eleitor não pode esquecer é que qualquer erro na escolha irá perdurar por no mínimo 4 anos. Com a economia globalizada a linha partidária é parecida.

Não existe mais a posição radical de calote na dívida externa, aumentos irreais aos aposentados e obras públicas em demasia. Qualquer promessa neste sentido deve gerar desconfiança ao eleitor. Vejo no Serra um candidato mais preparado perante as câmeras, no entanto, gosto mais da linha de governo do PT.

O posicionamento neoliberal do PSDB peca pelo excesso e pelo sucateamento das empresas brasileiras. Somos capazes sim, os Correios, a Eletrobras, a Petrobras, o BB e a Caixa Econômica Federal podem e devem concorrer de igual para igual com qualquer empresa privada. Basta despolitizar estas empresas que sempre sofrem com a intromissão de partidos políticos ávidos por cargos públicos e roubos em escala. Devemos valorizar nosso patrimônio e não sucateá-lo como vimos nas gestões passadas do PSDB.

Até quando vamos dar ao Brasil a cara de incompetente? Porque o gestor público não pode ser competente? Porque uma estatal não poder lucrar? Lamento que a Dilma se preocupou apenas em melhorar sua imagem esteticamente. Deveria ter estudado mais e se tornado mais humilde, pois o Brasil é um pais continental e de várias ideologias. Será que o apoio do Lula será suficiente? A plataforma política do PT resolverá a questão? Outubro se aproxima e quem viver, verá.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Rio de Janeiro

Apesar de não ser do meu perfil o famoso copia e cola da internet, não pude deixar de trazer o texto sobre o Rio de Janeiro, de muita valia e rara inteligência.
 

A CAPITAL PERDIDA. (J.R. Guzzo, Veja, 14/10/2009) Dentro de alguns meses, em abril de 2010, vão se completar cinqüenta anos do ato de agressão mais perverso que já se cometeu, em toda a história nacional, contra uma grande cidade brasileira: a expropriação da capital do país, tomada do Rio de Janeiro e transferida para Brasília. 

A data vai ser motivo de festa oficial de primeira categoria, com desfile, show e missa; deveria ser um dia de luto fechado. Até abril de 1960, o Brasil tinha o que poderia haver de mais próximo, no mundo inteiro, a uma capital perfeita. A partir dali, perdeu-a para sempre. Até hoje não dá para entender por que um país abençoado pela existência de um prodígio como o Rio de Janeiro, uma das cidades que a natureza e o gênio humano colocaram entre as mais brilhantes do planeta, decidiu que ela não servia mais para ser sua capital. Nada nem ninguém, forçou o Brasil a sofrer essa perda. Nenhuma vantagem trazida pela nova capital compensou, nem de longe, o desmanche do patrimônio incomparável que a nação havia construído no Rio – e que hoje, com o progresso geral dos últimos cinquenta anos, sabe-se lá em que alturas poderia estar. 

Bendita Olimpíada de 2016, portanto. Já estava mais do que na hora de ser tomada alguma grande decisão em favor do Rio de Janeiro, e sua escolha como sede dos Jogos Olímpicos pode ser um momento de virada; é, certamente, a maior oportunidade de reação oferecida ao Rio desde o atentado que sofreu meio século atrás. Não se trata, nesta questão, de fazer pouco de Brasília, ignorar quanto ajudou para irradiar progresso no centro do país ou negar o muito que foi construído ali. 

O comentário é sobre a calamidade que o poder público impôs a uma cidade que vive no coração de todos os brasileiros capazes de admirar seu próprio país; ao cassar do Rio a condição de capital, matou uma parte de sua alma. A perda, no fundo, vai muito além dos limites da geografia carioca. Pois a verdade é que não foi o Rio de Janeiro que perdeu o direito de ser a capital do Brasil. Foi o Brasil que perdeu o direito de ter sua capital no Rio de Janeiro. Isso não tem conserto. Nenhum exército de ocupação estrangeiro conseguiria fazer tanto mal ao Rio quanto os próprios governos brasileiros fizeram; comparado ao presidente Juscelino Kubitschek, em termos de estrago a longo prazo, o corsário Duguai-Trouin parece um benemérito. 

Perdida a capital, foi imposta à cidade, tempos depois, uma fusão irresponsável, inepta e ruinosa com o antigo estado do Rio, numa operação que conseguiu apenas somar vícios e subtrair virtudes. Nos anos seguintes, o Rio de Janeiro se viu castigado por alguns dos piores governos já registrados na história humana. A certo momento, por decisão de Brasília, chegou-se pura e simplesmente, em 1976, à demolição física do Palácio Monroe, um dos principais monumentos da arquitetura carioca e antiga sede do Senado Federal. Talvez nada tenha servido tão bem como símbolo do rancor e despeito dos governantes brasileiros pelo Rio quanto esse feito do presidente Ernesto Geisel, baseado no argumento de que o Monroe atrapalhava o trânsito e um túnel do metrô – que já estava pronto quando o palácio foi demolido. (Presidentes da República, naquela época, podiam fazer essas coisas. Não havia liminares, relatórios de impacto ambiental ou procuradores – ou melhor, até havia procuradores, mas estavam procurando outras coisas e, sobretudo, outras pessoas.)

A Olimpíada de 2016 não pode ressuscitar o que foi destruído, assim como não pode fazer, nos próximos sete anos, a maior parte do que deveria ter sido feito nos últimos cinquenta. Além disso, não temos um histórico bom quando se colocam na mesma frase as palavras governo, verbas e obras – daqui até a cerimônia de abertura dos Jogos, o público vai se cansar de ouvir notícias sobre obras erradas, obras malfeitas, obras atrasadas, obras abandonadas, obras caras demais e, até, verbas sem obra. Mas tudo terá valido a pena, certamente, se na cerimônia de encerramento o Rio estiver melhor do que está hoje. 

O Brasil, que já fez um plebiscito para decidir se queria voltar à monarquia ou continuar sendo república, não perguntou à população do Rio, ou a qualquer outro brasileiro, se concordava com a mudança da capital. Hoje não tem mais nada a perguntar sobre o assunto, mas tem a obrigação de reparar ao máximo o mal já feito. O Rio de Janeiro continua vivo, é claro, pois cidades são coisas duras de destruir – não é fácil nem com bomba atômica, como comprovam Hiroshima e Nagasaki. Mas merece muito mais do que sobreviver.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Rapidinhas ...







A CULPA É MINHA 1. Diante das infelizes declarações do Prefeito de Niterói que andou culpando a chuva pelo desastre na cidade, resolvo aderir ao slogan “a culpa é minha”. Um político que governou e governa a cidade há mais de 15 anos não pode se isentar de responsabilidade num momento tão delicado.  

A CULPA É MINHA 2. Depois de soltar um desequilibrado mental por bom comportamento e com a aprovação no teste psiquiátrico, o Estado de Goiás será processado pela a família dos adolescentes mortos em Luziânia. Seis mortes estúpidas. Será que alguém não olhou nos olhos do pedreiro Admar de Jesus? É impossível achar o cidadão normal.  

EU JÁ SABIA 1. Enfim José Roberto Arruda foi solto. Preso desde 11 de fevereiro deste ano, o ex-Governador foi solto, e agora pode voltar a dormir em seu colchão cheio de dólares. O STJ o soltou com uma votação de 8 votos a favor e 5 contra. Mais uma vergonha que o nosso Poder Judiciário nos concede. Achar que ele não vai influenciar nas investigações é o mesmo que sair com a mulher mais bonita da festa e dizer que vão apenas tomar suco de laranja.  

EU JÁ SABIA 2. Dudu Nobre enfim deu o troco na sua ex-mulher Bombom. Expulsou a dançarina de seu condomínio e assim empatou o jogo, já que ela se recusou a retirar da concessionária a Tucson que seu ex tinha comprado. Agora bombom da próxima vez vê se não faz barraco, até porque vocês tem duas filhas e o condomínio é de luxo. Fica chato né.