É de se admirar a ajuda fornecida pelo Brasil ao Haiti. Sem dúvida a morte de mais de 150 mil pessoas não pode passar desapercebida por nenhum país do mundo.
Sem a ajuda humanitária o caos acabaria por se instalar por completo em Porto Príncipe. Aqui no Brasil, além da remessa de medicamentos, alimentos e militares das mais diversas esferas, fala-se no envio de uma verba no montante de mais de R$ 400 milhões de reais.
Inicialmente o presidente Lula falou em R$ 15 milhões sendo que depois majorou para R$ 30 milhões, e por fim acena com o envio de mais R$ 370 milhões de reais. É louvável a iniciativa do Brasil, que acabou por “adotar” o pobre país da América Central. No entanto, cabe aqui uma ressalva, o Brasil, mesmo que em menor escala tem os seus Haitis por aqui.
As chuvas de verão tem sido fortes, alagando e destruindo inúmeras residências e ruas nas regiões Sul e Sudeste, como exemplo cito a Baixada Fluminense que hoje representa o caos com ruas não pavimentadas e cheias de barro e buracos, além da sujeira e as obras de infra-estrutura do PAC estão quase todas atrasadas e o Governo já fala no PAC do PAC, ou PACÃO.
Primeiro temos que limpar a nossa casa para depois falarmos em ajuda humanitária. Podemos sim enviar militares e doações particulares, mas enviar dinheiro público, sou contra. Não temos hospitais de qualidade, a educação pública está sucateada, o transporte e as rodovias são caóticas, a segurança pública não funciona, e agora doamos dinheiro ao Haiti.
Não quero me passar por uma pessoa má e insensível, apenas manifesto minha opinião no sentido de que deve haver um maior equilíbrio entre as ações. Porque o FMI, o BID não fazem doações? Com certeza teriam mais condições que o Brasil, sem falar nos países da Comunidade Européia, EUA, Canadá e Japão. Cadê o G7?
Porque não sincronizar estas ajudas de modo que os países de 1º mundo entrem com dinheiro e os demais com mão de obra especializada e doações particulares? Em tempo: Será que os 80 milhões que seriam liberados para Angra dos Reis já foram disponibilizados? Acho mais fácil o processo estar parado numa das mesas de Brasília, aguardando algum “carimbo”. Lamentável.
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