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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O Fim de uma gigante... Adeus Universidade Candido Mendes do Centro.

É com pesar que leio esta notícia. A centenária Universidade Candido Mendes fecha o seu tradicional curso de Direito da Rua da Assembléia 10. Ingressei nesta instituição em 1998, fiz amigos, estudei muito, momentos de alegria, momentos de tristeza, e por fim, a minha formatura em 2002. Gabriel, Daniel, Cícero, Alexandre, Arthur, enfim, todos devem estar um pouquinho mais tristes neste momento. O que fazer? Porque isto aconteceu? Sem dúvida muitas perguntas sem respostas vêm as nossas mentes, e permanecem sem respostas, mas uma palavra reluz para tudo o que aconteceu; Saudades. Saudades do fliperama do diretório do Curso de Administração, ao qual travamos grandes duelos; lembra Gabriel. Saudades das aulas de sábado pela manhã, onde todos chegavam mortos de sono e sem disposição. Saudades das loucuras do professor Ricardo Máximo, que sempre vinha com surpresas em suas correções de provas, lembra Gabriel. Saudades das aulas de Contabilidade, que levavam quase a loucura o nosso Guerreiro, que em decorrência disso emplacou o hits "Eu só quero é ser feliz, passando direto em Contabilidade com o Luiz Lins" Orgulho por ter conhecido um gênio de nome Daniel, heroi de feitos notáveis, onde podemos elencar a aprovação para técnico e Oficial de Justiça do TRF, AGU, Procurador Federal, Câmara Municipal do RJ, Casa da Moeda, enfim, gênio. O cara que me mostrou que o futuro se resume a concursos públicos, caminho este que resolvi seguir a partir de 1998. Não poderia deixar de lembrar do estudioso mas pessimista Arthur, que sempre achava que iria se dar mal nas provas, mas que na realidade sempre mandava bem. Um verdadeiro profeta do apocalipse. E o nosso comandante Cícero? A experiência que guiava os mais jovens em oceanos tortuosos e céus turbulentos. Um lider nato. Saudades do FUCAM no sol de janeiro, todos de terno e aquele monte de assistidos pedindo ajuda a nós que pouco sabíamos naquele momento. Enfim, saudades dos anos de 1998 a 2002, apagados quase que em definitivo pelo fechamento da UCAM. Saudades de um grupo afastado pelas marcas do tempo que insiste em levar a todos por caminhos distintos. Tudo isso termina para os atuais alunos da faculdade de Direito da filial Centro que tem até o dia 6 de novembro para transferir o curso para outra unidade. Em portaria publicada no dia 21 de outubro, mas enviada apenas no dia 26 aos estudantes, o reitor Candido Mendes justifica a medida "tendo em vista a iminente impossibilidade de cumprimento dos prazos previstos no calendário acadêmico e antevendo a eventual perda do semestre e/ou conclusão do curso por parte dos alunos de Direito, em função das repetidas greves que já duram mais de 01 mês".

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Tempos de Paz....

Sou morador de Vila Isabel, a famosa Terra de Noel, e neste último final de semana por algumas horas achei que residia no Afeganistão ou que presenciava um teste de armas nucleares na Coréia do Norte. Foram seguidas horas de intenso tiroteio com rajadas de metralhadoras e armas afins, culminando com a quada de um helicoptero blindado.

Muito já foi falado, mas venho a concordar com as palavras do Secretário de Segurança Pública do RJ, que com muita propriedade disse que o Governo Federal é omisso no combate ao tráfico de drogas. Realmente, se considerarmos o tamanho do Brasil verificamos que as Polícias Federal e Rodoviária Federal não tem efetivo suficiente para cobrir todo o território, bem como seu serviço de inteligência é limitado.

Vejo a Polícia Federal funcionar muito bem, juntamente com a ABIN, quando se trata de investigações de cunho político, onde sua atuação é sempre rápida e eficiente, comparável apenas ao FBI americano e a extinta KGB russa.

Agora quando se trata de investigar quadrilhas que entram no país pelas Fronteiras do Paraguai e Bolívia, por exemplo, verificamos a sua total ineficiência. Não concordo com o Ministro da Justiça Tarso Genro que em entrevista ao Jornal "O Globo" disse que a União Federal disponibiliza verbas para o combate ao crime organizado. Não queremos apenas dinheiro, mas sim ação. Nem sempre apenas dinheiro é o suficiente, mas ele prefere dar dinheiro a colocar seus policiais a atuar em áreas de risco, se expondo a erros e operações desastrosas.

Não devemos eximir de responsabilidade o Governo Estadual do RJ que é falho também, principalmente no que se refere ao salários dos policiais militares e civis, bem como no que tange aos equipamentos. Quantos policiais militares são obrigados a comprar munição e coletes com seus próprios soldos? Porque não se enxuga o quadro de servidores em cargos de comissão e se reduz a quantidade de órgãos burocráticos. Pode-se melhorar o salário dos integrantes da Segurança Pública, basta boa vontade política.

O Rio de Janeiro é um Estado que há muito tempo foi abandonado pela União Federal, bem como, foi mal administrado por sucessivas gestões fraudulentas. Anos de Brizola, Marcelo Alencar, Antony Garotinho e Rosinha Garotinho não poderiam sair impunes ao eleitor carioca.

A história nos explica muitos fatos, e cito, por exemplo, aqui uma nota de rodapé de um livro que li sobre o polêmico mas competente Carlos Lacerda, que cita uma reportagem do Jornal do Brasil da década de 60, onde se menciona que a troca de Capital do Brasil, iria trazer a falência política, financeira e cultural do Rio de Janeiro. 50 anos de antecedência, e sem dúvida uma previsão muito correta, e agora cabe a nós tentarmos reverter esta situação.

Por fim, manifesto minha opinião aqui no que tange a culpa da população como um todo, pois enquanto "nós" não deixarmos de ir as favelas comprar a maconha que se consome nas festas e boates, mantendo assim financeiramente estes traficantes não poderemos exigir apenas ações governamentais. Somos culpados também e devemos assumir nossa parcela de responsabilidade. Que dias melhores surjam.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

2016 já começou e aos paulistas que torceram contra, aquele abraço................

Depois de muito esperar, e aprender com as derrotas, o Rio de Janeiro volta a ser manchete no mundo inteiro. A ex-capital do Brasil tem motivos de sobra para comemorar, pois enfim é sede das Olimpíadas de 2016, os primeiros jogos olímpicos da América do Sul.

A disputa na fase final se deu com 03 cidades de primeiro mundo, ou alguém duvida do potencial de Tóquio, Madri ou Chicago? Acredito que o Rio ganhou, não por apresentar o melhor projeto, ou por ter o Presidente Lula como seu maior defensor. O RJ ganhou porque tem um povo alegre, que não se abate nem nos momentos de maior dificuldade, e mais, o único povo dentre as quatro cidades finalistas que sempre quis e torceu pela escolha da cidade candidata.

No que tange as obras e as exigências do COI, o trabalho tem que começar já. Dois pontos merecem destaque, a segurança pública e o transporte. A contratação e capacitação dos Policiais Militares e Civis é essencial para garantir o bom andamento das delegações que aqui se farão presentes em 2016.

E aqui surge a principal preocupação de todos; a lisura na contratação das empresas que executarão as obras. Desde já deixo aqui uma sugestão; porque não fazermos uma comissão de avaliação prévia com membros do Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado do RJ, Tribunal de Contas do Município do RJ, e Controladoria Geral da União? Em síntese, todos os projetos e obras que ultrapassassem a modalidade de licitação Concorrência teriam que ter seu orçamento previamente aprovado pela Comissão de Finanças e Controle. Acho que poderíamos ter sucesso nessa empreitada.

Por fim, deixo este último parágrafo para falar dos nossos amigos “paulistas”, ou argentinos brasileiros, como queiram. Torceram contra desde o começo, criticando o RJ de todas as maneiras, dando a entender que todos os problemas do Brasil decorriam daqui. Acham que moram num outro pais, mas esquecem que tem os mesmos problemas que todos os brasileiros. Sofrem com transporte, segurança pública e desigualdades, assim como o Rio de Janeiro. Mas ao invés de se preocuparem com seus problemas, preferem apontar os defeitos alheios. Para estes paulistas lanço mão aqui de uma sugestão; O Comitê Olímpico Brasileiro deveria fretar alguns aviões da Air France e da TAM para trazer os paulistas e boa parte da sua imprensa para as Olimpíadas de 2016. E ainda podemos aproveitar para ensinar a eles como se faz uma Olimpíada, pois quem sabe em 3016 eles não sediam um evento do mesmo porte. (Esclareço desde já que Parada Gay na Paulista não conta como experiência.) Lanço aqui a Campanha: São Paulo 3016 – Cidade Candidata. Todos na torcida e até lá.